quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Primeiras impressões sobre Musicoterapia

Lanço um olhar sobre a história para compreender como se desenvolveu o uso da música como método terapêutico. Pode-se afirmar que a música, desde o início da história humana, tem feito parte do processo curativo de sintomas físicos ou espirituais. Alguns dos primeiros registros a esse respeito podem ser encontrados na obra de filósofos gregos pré-socráticos.

Tamanha influência ela tem sobre o homem, que mereceu ser objeto da observação científica, constatando-se o seu poder de levar ao bem estar e alívio ao corpo e a mente.

No século XVII, investigados os seus efeitos fisiológicos estabelece-se a relação da música com os ritmos corporais, pulso e tempo musical, o seu efeito sobre a respiração, pressão sanguínea e digestão. Ë neste período que a música consagra-se como tratamento específico para doenças psiquiátricas, onde é prescrita (ou não, dependendo do caso), produzindo efeitos curativos.

A partir de então, o próprio desenvolvimento tecnológico se encarrega de impulsionar tanto as pesquisas quanto a sua utilização terapêutica. A sistematização dos métodos utilizados começa, no entanto, após a II Guerra Mundial, particularmente nos EUA, quando da sua utilização no tratamento dos egressos da guerra.

Uma das definições de Musicoterapia mais conhecidas é a de que é a utilização da música e/ou de seus elementos constituintes, ritmo, melodia e harmonia em um processo destinado a facilitar e promover comunicação, relacionamento, aprendizado, mobilização, expressão, organização. Ou seja, é uma intervenção, cujo objeto formal de estudo é o comportamento sonoro do indivíduo. E como tal, atinge o profundo da mente do indivíduo. A música evoca sensações, estados de ânimo e emoções, reflete sentimento, e sendo assim, abre um leque de possibilidades terapêuticas.

Esse processo – intervenção - pode ser desenvolvido na área hospitalar para fins terapêuticos relevantes, a fim de atender as necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas dos pacientes. A musicoterapia busca desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do indivíduo para que ele alcance uma melhor qualidade de vida através de prevenção, reabilitação ou tratamento, de tal forma que se afirma que, quando utilizado como coadjuvante no tratamento de pacientes internados podem até diminuir o uso de psicotrópicos no tratamento de quadros ansiolíticos e psicossomáticos. Algumas pesquisas demonstram ainda que a utilização desta técnica reduz o quadro não só de ansiedade, mas também de dor, e melhoram consideravelmente o humor.

A musicoterapia pode ainda ser utilizada com outros objetivos como os educacionais e recreativos, além dos anteriormente mencionados.

E finalmente, é importante ressaltar que a musicoterapia também trabalha interagindo com diversos profissionais como psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, entre outros.

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