sexta-feira, 17 de maio de 2013

Reflexão sobre a inclusão educacional

Muitas são as dificuldades encontradas pelas pessoas com deficiência, talvez até pela falta de conhecimento ou preconceito ainda tão presentes (infelizmente) em nossos dias. Os outros motivos que podem ser citados estão relacionados às barreiras ambientais – de acessibilidade arquitetônica, de comunicação, metodológicas, instrumentais e programáticas, algumas das dimensões que a UNESCO ressalta como importantes para a acessibilidade das pessoas com necessidades especiais.
E este é um assunto oportuno e urgente que precisa ser abordado não só no âmbito da educação como também da sociedade como um todo. Faz-se necessário: divulgar, pensar, discutir.
A acessibilidade física, fora e também no espaço da escola é uma necessidade primeira e básica para que as pessoas possam desenvolver a vida cotidiana, assim como a sua atividade escolar com maior liberdade, mobilidade, autonomia. A ausência de um simples corrimão no prédio, um detalhe que parece pequeno, faz toda a diferença para quem precisa dele. Mas além da necessidade de adequação dos prédios, há a das vias de acesso, do transporte, entre tantas outras.
Mas olhando especificamente, a legislação brasileira propõe (também) políticas voltadas para a inclusão de pessoas com deficiência na universidade. Portanto, é necessário que esta elabore, execute e gerencie ações de acessibilidade, oferecendo suporte em todos os níveis para que esta se efetive. Mas, é preciso enfatizar que, qualquer ação relacionada á inclusão e acessibilidade é resultado de um conjunto de esforços, onde cada um tem a sua contribuição e responsabilidade.

Outra barreira visível com a qual se depara é o despreparo dos professores em todos os níveis do ensino para acolher o aluno com necessidades especiais, podendo com isso influenciar negativamente, não só retardando o aprendizado, mas até mesmo afastando o aluno da escola. Nos dias de hoje já não há justificativa para tal realidade, embora esta ainda se faça presente, pois o acesso à informação (e formação!) em todos os níveis está disponível a todos os interessados.
A universidade de sua parte, deve se propor a capacitar o futuro professor, apresentando em sua grade curricular disciplinas que contemplem o ensino e a pesquisa para o uso de ferramentas adequadas, ou seja, métodos, técnicas, recursos educativos, às necessidades próprias destes alunos.
A tecnologia privilegia o ensino, especialmente o a distancia, disponibilizando um sem número de ferramentas que viabilizam a adaptação de materiais, tornando-os acessíveis as dificuldades dos alunos. Há que se ressaltar ainda a importância da cooperação e apoio dos professores especializados em educação especial neste sentido para as praticas dos demais, apontando e desenvolvendo possíveis soluções pedagógicas.  
Pensando no contexto da Educação a Distância (EaD), professores e tutores podem garantir a aprendizagem de estudantes com deficiência não só buscando o conhecimento específico, como também através da pesquisa, promovendo a discussão,  adequando  materiais e viabilizando as matérias na linguagem acessível a eles.
Enfim, concluo observando que é preciso iniciar as ações inclusivas desde a mais tenra idade escolar, tanto de acesso quanto de conhecimento, acolhimento das diferenças e promoção dos indivíduos. Através delas os educadores poderão contribuir, realizando “a sua parte”, para mudar a realidade em que vivemos. Esse pensamento é comprovado pelo que ouvi num depoimento de Luiz Flávio Bravo, um economista portador de deficiência visual, sobre a sua trajetória escolar: é comprovado que, através da educação é que as pessoas obtêm melhores condições de vida.