sexta-feira, 21 de maio de 2010

O PAPEL DA INCLUSÃO DIGITAL NO PROCESSO EDUCATIVO

Será que ainda são muitas as pessoas que nunca ouviram falar do “caixa eletrônico”? E do telefone celular? Este, especialmente, está nas mãos de quase todas as pessoas com quem nos deparamos pela rua. Virou uma “mania nacional”, faz parte daquelas coisas consideradas (duvidosamente) por muitos como “necessárias e imprescindíveis”. Até uma criança de dois ou três anos hoje em dia é capaz de manipulá-lo sem a menor censura! E o que dizer do DVD, mp3, i-Pod,TV digital , smartphones, aparelhos de medir pressão... Como ignorar a presença marcante da tecnologia digital na atualidade?
Quase que sem perceber, somos inseridos neste mundo onde a
tecnologia vai tomando e criando espaços de comunicação e produção.
Mas para incluir as pessoas no mundo digital de forma definitiva, é necessário capacitá-las para operá-las e dar-lhes utilidade tal que seja capaz de favorecer a comunicação, o crescimento cultural e, especialmente transformar as suas realidades.
A inclusão digital no Brasil tem como forte opositor, embora não seja o único, a desigualdade social vigente em todo o pais. Um Brasil tão grande quanto a sua diversidade. A realidade social exclui por si só muitos brasileiros que não têm acesso às novas tecnologias, especialmente nas regiões mais longínquas. Os que vivem nas cidades até o tem, viabilizados a preços baixos e prestações a perder de vista pelas grandes lojas, mas isso não significa que a sua utilização favoreça o seu crescimento pessoal. Ainda assim um grande número da população vive na faixa da miséria, e a oportunidade fica então reservada a uma minoria com maior poder aquisitivo. Além de tudo, não se pode esquecer aqueles que são completamente analfabetos e os analfabetos funcionais. Como pensar em inclusão digital diante de barreiras concretas a serem transpostas? É preciso então um esforço que transcenda tudo isso.
Tendo este artigo como enfoque principal a inclusão digital no processo educacional, nos limitaremos a ele.A escola é considerada o espaço favorável para acontecer o processo de inclusão digital e deve, de fato, exercer o seu papel. Mas, a escola pública especialmente, carece ainda de solucionar dificuldades de toda ordem: estrutural, pedagógica e tecnológica.
Em muitas iniciativas a tecnologia tem sido usada meramente como uma ferramenta de capacitação de atividades escolas.
Ainda é pequeno o número de professores que tem usado as ferramentas tecnológicas em suas propostas de atividades. Ao professor cabe buscar a formação necessária, sendo o primeiro a ser “incluído”, com fins a promover e otimizar os espaços que a tecnologia apresenta, como ocasião para a construção do conhecimento.
Começa a crescer o número de oferecimento de cursos à distância, abrindo um leque de oportunidades de formação àqueles que, por algum motivo, não tem a disponibilidade de freqüentar a escola de forma presencial.
O governo, de sua parte, tem apresentado projetos de investimentos públicos e privados para levar a internet até os municípios que não contam com um serviço de qualidade. Também os estados tem se empenhado em iniciativas de inclusão digital e social, oferecendo cursos de informática e outros, de acordo com a realidade local.
Não há duvidas de que, se espera-se um crescimento social e econômico neste país daqui para a frente, o investimento na inclusão digital em favor de todos deve ser prioridade.
Há que se avançar, pois que, esta inclusão não se limita ao uso do computador, por exemplo, como meio de comunicação e conhecimento, mas também como viabilização e acesso a serviços básicos de diversas naturezas, desde o agendamento de uma consulta até o favorecimento ao postulante a uma vaga no vestibular.
E o que falar da manipulação de robôs, cada vez mais utilizados nas grandes indústrias, sistemas complexos de tráfego de veículos, monitoramento de estradas, entre outros? São serviços que necessitam de uma formação continuada e que capacite cada dia mais um maior número de pessoas.
A questão da inclusão digital no processo educativo não é nova. Desde 1980 está em discussão, e ainda não chegou ao seu fim. O tempo ainda vai favorecer o amadurecimento da questão.

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